DOM DAS LÁGRIMAS ? EXISTE SIM.

DOM DE LÁGRIMAS? EXISTE SIM.

Todos nós sabemos os problemas que a RCC e a Canção Nova trazem para a Igreja Católica no Brasil. Inventam coisas, desviam-se da santa doutrina, cometem abusos litúrgicos, etc. Entretanto, uma certa ala dita tradicionalista, mas não realidade manifestando-se de modo nada tradicional, com liguagem agressiva, de modo fundamentalista, fazendo condenações irracionais ao Concílio Vaticano II, ao Magistério da Igreja, de modo que confiando mais no próprio entendimento, conduzem-se apaixonadamente mais pela vontade própria do que pela vontade de Deus.
Submetem-se a opiniões de Fedelis, mas não submetem-se ao magistério eclesiástico com humildade. Mas não é isso que quero dizer, embora tenha relação. Alguns blogs andaram negando a existência do "dom das lágrimas", apenas porque surgiu o assunto no âmbito da RCC, entretanto, no afã de atacar de modo apaixonado os erros que surgem nestes meios, acabam agindo irracional e orgulhosamente, como se fossem conhecedores profundos da tradição da Igreja.
Sabemos que muitos simulam dons, inclusivo é muito comum entre o pessoal da RCC e da Canção Nova, e isto é um fato, mas o que ocorre é que esse dom das lágrimas existe, sim. Não estou defendendo a RCC, nem a Canção Nova. Entretanto, tenhamos mais cuidado, para não sairmos por aí falando bobagens e posando de mestres da ortodoxia. O dom das lágrimas, é mencionado desde a época dos Padres da Igreja, e por diversos místicos como santa Teresa de Jesus. Humildade galera.
Vejam abaixo:


ISAAC DE NÍNIVE


CAMINHO DE UM PEREGRINO, O COMENTADO E INTERPRETADO
Autor: POKROVSKY, GLEB Editora: PENSAMENTO

SÃO JOÃO CLÍMACO





CRITICA E PROFECIA A FILOSOFIA DA RELIGIAO EM DOSTOIEVSKI . p. 96.





SANTO INÁCIO DE LOYOLA





Diário espiritual de Santo Inácio de Loyola. Edições Loyola. p.12-13.

http://books.google.com.br/books?id=wsBmUPunH58C&pg=PA13&dq=dom+das+l%C3%A1grimas#PPP1,M1




Cartas de Santo Inácio de Loyola. Ed. Loyola. p. 119.




SANTA TERESA DE JESUS

(TERESA DE JESUS. OBRAS COMPLETAS, LIVRO DA VIDA, cap. 4, p. 39)

A REDENÇÃO


JESUS CRISTO, O ÚNICO REDENTOR



“Ora, o caminho para o homem chegar à beatitude é o mistério da Encarnação e Paixão de Cristo;...daí que os homens de todos os tempos tiveram de crer, de alguma maneira, no mistério da Encarnação.” (S. Tomás, Suma Teológica, II,II, 2,7c.)



“Ainda que, segundo os insondáveis desígnios da Sabedoria divina, o Verbo se tenha feito carne somente nestes últimos tempos, as primeiras gerações não ficaram privadas do benefício da sua Encarnação. Dela se beneficiaram todas as idades. Toda a antiguidade que reconheceu e adorou o Verdadeiro Deus, todos os santos que no primeiro tempo do mundo se distinguiram pela sua fé, os patriarcas, os profetas e todos os justos, não foram justificados e salvos senão em virtude da Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo. Todos eles esperavam, apoiados nos oráculos dos profetas e nas figuras que O anunciavam, o grande acontecimento que mudou a face da terra.” (S. Leão Magno. Sermão 52; I de passione.)

“deve-se dizer que a muitos dos gentios foi feita a revelação de Cristo, como fica claro por aquilo que predisseram. Jó diz: ‘Sei que o meu Redentor vive.” Também a Sibila prenunciou algumas coisas sobre Cristo, como diz Agostinho. Entretanto, se alguns foram salvos sem receber a revelação, não foram sem a fé no Mediador. Porque ainda que não tivessem fé explicita, tiveram, porém, fé implícita na providência divina, crendo que Deus é o libertador dos homens da maneira que lhe apraz e segundo o que Ele mesmo revelou a alguns que conheceram a verdade, conforme as palavras de Jó: Ele nos instruiu mais que aos animais da terra.” (S.Tomás de Aquino, Suma Teológica, II, II, q2, artigo 7 ad 3, pág. 86)


“Não sem fundamento, podemos crer que, fora do Povo Israelita, existiram homens a quem o mistério de Cristo foi revelado e que O predisseram, seja porque participavam da mesma graça, seja porque, não participando dessa graça, foram instruídos pelos anjos maus.” (S. AGOSTINHO. A Cidade de Deus, 18, 47)

“Abraão e muitos filósofos, sem terem conhecimento da Encarnação de Cristo, desejaram ver o seu dia e alegraram-se.” (S. AGOSTINHO. Do Pecado Original, 32)


Fé, História, Filosofia e Literatura

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