"Para Manning, rechaçar a Igreja como canal de atuação do Espírito Santo no mundo era a fonte de todas as heresias e, em última instância, do indiferentismo:"começamos por negar, para logo em seguida rechaçar a existência no mundo de um fundamento divinamente constituído, sobre a qual o verdade revelada possa repousar com absoluta segurança." (Cardeal Manning, Grounds 22; PEREIRO, JAMES. El cardenal Manning: una biografía intelectual, Ediciones Cristiandad, 2007, p.190)
"A Igreja não pode equivocar-se em sua fé, porque Deus é seu Mestre." (Cardeal Manning apud PEREIRO, JAMES. El cardenal Manning: una biografía intelectual, Ediciones Cristiandad, 2007, p.171)
A autoridade da Igreja está fundada na verdade. E somente a verdade "engendra autoridade" dizia Manning, "mas nenhuma autoridade engendra verdade"(CSer II,249). "O que possui a verdade, e somente ele, tem poder" (Ibid, 248) O primeiro é a verdade; a autoridade vem depois. "A autoridade é a verdade, que com sua luz convence a inteligência, e com suas convicções e com a autoridade de Deus lhes comunica sua força obriga a inteligência.”(CSer II,249). O poder da verdade para exigir sua aceitação brota do destino mesmo do homem a buscar a verdade até fazê-la sua. E isto se manifesta especialmente no caso da verdade mais elevada sobre Deus e sobre o homem, tal como está contida na revelação divina. Pois bem, a Igreja possui esta verdade, porque participa da mente e da verdade de Deus; e se tem "a verdade de Deus, tem também o poder e autoridade do próprio Deus." Por conseguinte, concluía Manning, "a Igreja obriga aos homens a crer, porque tem o guia divino para ensinar-lhes o que devem crer." (Ibid, 248) Se trata de um imperativo que, por natureza, impõe ao homem uma grave obrigação. "Se Deus Espírito Santo está realmente no meio de nós, e se Deus Espírito Santo nos fala através da Igreja una, santa, católica e romana, não cabe dúvida que impõe suas doutrinas sobre nossas consciências sob pena de eterna perdição." (Ibid, 23) (Cardeal Manning apud PEREIRO, JAMES. El cardenal Manning: una biografía intelectual, Ediciones Cristiandad, 2007, p.169-170)
"A diferença realmente decisiva entre a Igreja católica e todas as seitas cristãs separadas não é de detalhe, senão de princípio. Não se trata de meros debates... senão da tradição divina do dogma com toda sua segurança e em sua pureza." (TM 226; PEREIRO, JAMES. El cardenal Manning: una biografía intelectual, Ediciones Cristiandad, 2007, p. 190)
"Negar que, para a fé, existe algo mais elevado que a autoridade humana equivale a destruir a objetividade da verdade."(Ibid, 79) E o rechaço da voz divina que fala na Igreja "deu passo a um dilúvio de opiniões, e a opinião gerou o ceticismo, e o ceticismo introduziu uma série interminável de contendas." (TM 225) Não podia ser de outro modo; se "se suspende a função da Igreja de decidir em questões de fé, o mundo carece agora de mestre competente." (Cardeal Manning apud PEREIRO, JAMES. El cardenal Manning: una biografía intelectual, Ediciones Cristiandad, 2007, p.191)