Na cosmovisão medieval é universalmente ensinado que este mundo natural é apenas uma imagem e uma cópia de um padrão celeste e espiritual; que a própria existência deste mundo se baseia na realidade dos seus arquétipos celestes (Ex. 25:40 e Heb.8:5)
A ruptura renascentista começou por marcar indelevelmente as artes plásticas e, só depois, a música e a literatura. Com o fim do espírito medieval, o mundo dos arquétipos divinos perde-se no esquecimento e o olhar, antes capaz de captar a transparência metafísica do fenômeno, choca com a opacidade impenetrável das realidades imediatas.
É verdade que a beleza das grandes obras do Renascimento é inquestionável, mas não é menos certo que algo de excessivo, de mundano e até de mórbido e tortuoso se introduziu com elas face à serenidade simples e ao silêncio diáfano que presidiam à arte sublime da Idade Média.
Mesmo a arte barroca é inferior à arte medieval, e destituída dos ricos elementos simbólicos da arte do medievo. Enquanto a arte medieval é verdadeiramente sacra, a arte barroca é apenas religiosa.
Na aurora do mundo moderno, os artistas deixaram de ser intérpretes dos sinais eternos. Expropriada de toda a função noética, reduzida aos seus aspectos sensitivos e emocionais, a arte foi-se convertendo na atividade frívola e supérflua de artistas que não tinham outra preocupação senão a do estilo e que já não pretendiam comunicar nenhum sentido.
Muitas normas caíram no esquecimento a partir do Concílio de Trento. Os primeiros a violá-las foram os jesuítas que deixaram de respeitar até a orientação tradicional (Oriente/Ocidente) na construção das igrejas.
A arte como teologia de pedra, as regras da matemática sagrada, a linguagem simbólica, que remontavam aos primórdios da Igreja, fortemente presentes na tradição dos Padres começavam a cair no esquecimento. Hoje, se encontra ausente até dos meios ditos tradicionalistas.
Teria o racionalismo presente no pensamento escolástico decadente responsabilidade nisso? Tal elemento já existia em germe no próprio seio da escolástica?
A leitura do magnífico texto de Emile Mâle dá uma idéia geral do que nós perdemos, depois que a simbólica cristã, considerada fantasia de mentes medievais foi jogada no lixo sem que ninguém se queixasse. Aqui começa a crise da Igreja. Aqui ela começa a perder a guerra cultural contra o mundo moderno. Aos poucos, a cosmovisão pobre imposta pela ciência moderna penetrou em seu seio.
A ruptura renascentista começou por marcar indelevelmente as artes plásticas e, só depois, a música e a literatura. Com o fim do espírito medieval, o mundo dos arquétipos divinos perde-se no esquecimento e o olhar, antes capaz de captar a transparência metafísica do fenômeno, choca com a opacidade impenetrável das realidades imediatas.
É verdade que a beleza das grandes obras do Renascimento é inquestionável, mas não é menos certo que algo de excessivo, de mundano e até de mórbido e tortuoso se introduziu com elas face à serenidade simples e ao silêncio diáfano que presidiam à arte sublime da Idade Média.
Mesmo a arte barroca é inferior à arte medieval, e destituída dos ricos elementos simbólicos da arte do medievo. Enquanto a arte medieval é verdadeiramente sacra, a arte barroca é apenas religiosa.
Na aurora do mundo moderno, os artistas deixaram de ser intérpretes dos sinais eternos. Expropriada de toda a função noética, reduzida aos seus aspectos sensitivos e emocionais, a arte foi-se convertendo na atividade frívola e supérflua de artistas que não tinham outra preocupação senão a do estilo e que já não pretendiam comunicar nenhum sentido.
Muitas normas caíram no esquecimento a partir do Concílio de Trento. Os primeiros a violá-las foram os jesuítas que deixaram de respeitar até a orientação tradicional (Oriente/Ocidente) na construção das igrejas.
A arte como teologia de pedra, as regras da matemática sagrada, a linguagem simbólica, que remontavam aos primórdios da Igreja, fortemente presentes na tradição dos Padres começavam a cair no esquecimento. Hoje, se encontra ausente até dos meios ditos tradicionalistas.
Teria o racionalismo presente no pensamento escolástico decadente responsabilidade nisso? Tal elemento já existia em germe no próprio seio da escolástica?
A leitura do magnífico texto de Emile Mâle dá uma idéia geral do que nós perdemos, depois que a simbólica cristã, considerada fantasia de mentes medievais foi jogada no lixo sem que ninguém se queixasse. Aqui começa a crise da Igreja. Aqui ela começa a perder a guerra cultural contra o mundo moderno. Aos poucos, a cosmovisão pobre imposta pela ciência moderna penetrou em seu seio.
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