OS PROTESTANTES E A DIFUSÃO DA HOROSCOPIA ASTROLÓGICA NA ERA MODERNA
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ISAAC NEWTON: ASTRÓLOGO, CABALISTA, MAGO, ESOTÉRICO, ALQUIMISTA E HEREGE
O baú de Lord Keynes e o verdadeiro Isaac Newton:
mago, esotérico, astrólogo, alquimista, cabalista, herege...
Durante mais de dois séculos, legiões de biógrafos fizeram de Newton o protótipo do "cientista moderno": sóbrio, cético, racionalista...tudo enganação.
Vejam na série de estudos abaixo
mago, esotérico, astrólogo, alquimista, cabalista, herege...
Durante mais de dois séculos, legiões de biógrafos fizeram de Newton o protótipo do "cientista moderno": sóbrio, cético, racionalista...tudo enganação.
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Marcadores: Ciência Moderna , História , Ocultismo
MORDECHAI FEINGOLD: OS JESUÍTAS E O ADVENTO DA CIÊNCIA MODERNA
http://www.scribd.com/doc/21366984/Feingold-Mordechai-Jesuit-Science-and-the-Republic-of-Letters
Fundada em 1540, a Companhia de Jesus foi vista por séculos como um entrave ao desenvolvimento da ciência moderna. O sistema educacional jesuíta era considerada conservadora e anti-científica. Somente durante as últimas duas décadas, os estudiosos começaram a questionar essa visão distorcida sobre o verdadeiro papel dos jesuítas no advento da ciência moderna, e este livro de Mordechai contribui significativamente esta reavaliação.
A idéia geral muito difundida, sobretudo desde o processo de Galileu no século XVI, é a de que o cristianismo, em geral, e a Companhia de Jesus, em particular, não só em nada contribuíram para o surgimento da modernidade como ainda se opuseram decididamente a ela, defendendo a tradição filosófico-teológica herdada da Idade Média e, com base nela, lutando contra tudo o que fosse inovação quer em filosofia, quer em teologia, quer ainda em questões científicas que contrariassem aquela tradição.
Nas últimas duas décadas, tem havido uma significativa mudança desta perspectiva, sobretudo porque se começou a refazer a história do início da modernidade com base na leitura direta de textos filosóficos, teológicos e científicos até há pouco tempo ignorados. Além disso, um conhecimento mais objetivo e isento de preconceitos ideológicos do contexto cultural da Europa do Renascimento permitiu compreender que a situação intelectual dos cristãos, em geral, e dos jesuítas, em particular, era muito mais complexa e diversificada do que se acreditou durante séculos.
Em seu livro, Mordechai demonstra que o diálogo fé e ciência começou praticamente desde o início da Companhia de Jesus, tendo como primeiro ponto de referência o Colégio Romano. Ali se ensinava e discutia filosofia, ciência e teologia. As implicações teológicas do sistema heliocêntrico, por exemplo, eram bem conhecidas dos jesuítas que ensinavam no Colégio, o mais célebre dos quais foi Cristóvão Clávio. Não só o movimento da Terra, como também as manchas solares, as montanhas na Lua e os satélites de Júpiter, levavam a uma profunda revisão da cosmologia geocêntrica.
Os jesuítas contribuíram desde o início da Companhia de Jesus para a renovação da ciência da Idade Moderna, participando na investigação e no debate sobre novas idéias que, sobretudo a partir do século XVI, circulavam por toda a Europa. Os próprios jesuítas circulavam um pouco por todo o lado, faziam observações e medições em astronomia, geografia etc., e enviavam os resultados desse trabalho para os que se dedicavam à investigação em vários países, sobretudo europeus.
Os jesuítas não só adquiriram uma formação sólida em filosofia, teologia e diversas ciências, como formaram gerações de intelectuais, muitos dos quais se tornaram investigadores de primeira linha. Eles tornaram-se também interlocutores privilegiados de diversos investigadores famosos como o próprio Galileu. No século XVIII, o jesuíta Roger Boscovich (1711-1787) propôs uma teoria unificada da física que não foi imediatamente compreendida, e só muito mais tarde, em pleno século XX, Boscovich acabou por ser considerado um grande físico na linha de Newton e Einstein.
*Mordechai Feingold is Professor of Science and Technology Studies at Virginia Tech.
Mordechai Feingold is Professor of History at the California Institute of Technology, where he specializes in the history of science. In addition to editing The History of Universities series for Oxford University Press, his books include The Newtonian Moment: Isaac Newton and the Making of Modern Culture (2004), and The Mathematicians’ Apprenticeship: Science, Universities and Society in England, 1560-1640 (1984). He has also edited or co-edited Universities and Science in the Early Modern Period (2006), The New Science and Jesuit Science: Seventeenth Century Perspectives (2003), and Jesuit Science and the Republic of Letters (2003)
A idéia geral muito difundida, sobretudo desde o processo de Galileu no século XVI, é a de que o cristianismo, em geral, e a Companhia de Jesus, em particular, não só em nada contribuíram para o surgimento da modernidade como ainda se opuseram decididamente a ela, defendendo a tradição filosófico-teológica herdada da Idade Média e, com base nela, lutando contra tudo o que fosse inovação quer em filosofia, quer em teologia, quer ainda em questões científicas que contrariassem aquela tradição.
Nas últimas duas décadas, tem havido uma significativa mudança desta perspectiva, sobretudo porque se começou a refazer a história do início da modernidade com base na leitura direta de textos filosóficos, teológicos e científicos até há pouco tempo ignorados. Além disso, um conhecimento mais objetivo e isento de preconceitos ideológicos do contexto cultural da Europa do Renascimento permitiu compreender que a situação intelectual dos cristãos, em geral, e dos jesuítas, em particular, era muito mais complexa e diversificada do que se acreditou durante séculos.
Em seu livro, Mordechai demonstra que o diálogo fé e ciência começou praticamente desde o início da Companhia de Jesus, tendo como primeiro ponto de referência o Colégio Romano. Ali se ensinava e discutia filosofia, ciência e teologia. As implicações teológicas do sistema heliocêntrico, por exemplo, eram bem conhecidas dos jesuítas que ensinavam no Colégio, o mais célebre dos quais foi Cristóvão Clávio. Não só o movimento da Terra, como também as manchas solares, as montanhas na Lua e os satélites de Júpiter, levavam a uma profunda revisão da cosmologia geocêntrica.
Os jesuítas contribuíram desde o início da Companhia de Jesus para a renovação da ciência da Idade Moderna, participando na investigação e no debate sobre novas idéias que, sobretudo a partir do século XVI, circulavam por toda a Europa. Os próprios jesuítas circulavam um pouco por todo o lado, faziam observações e medições em astronomia, geografia etc., e enviavam os resultados desse trabalho para os que se dedicavam à investigação em vários países, sobretudo europeus.
Os jesuítas não só adquiriram uma formação sólida em filosofia, teologia e diversas ciências, como formaram gerações de intelectuais, muitos dos quais se tornaram investigadores de primeira linha. Eles tornaram-se também interlocutores privilegiados de diversos investigadores famosos como o próprio Galileu. No século XVIII, o jesuíta Roger Boscovich (1711-1787) propôs uma teoria unificada da física que não foi imediatamente compreendida, e só muito mais tarde, em pleno século XX, Boscovich acabou por ser considerado um grande físico na linha de Newton e Einstein.
*Mordechai Feingold is Professor of Science and Technology Studies at Virginia Tech.
Mordechai Feingold is Professor of History at the California Institute of Technology, where he specializes in the history of science. In addition to editing The History of Universities series for Oxford University Press, his books include The Newtonian Moment: Isaac Newton and the Making of Modern Culture (2004), and The Mathematicians’ Apprenticeship: Science, Universities and Society in England, 1560-1640 (1984). He has also edited or co-edited Universities and Science in the Early Modern Period (2006), The New Science and Jesuit Science: Seventeenth Century Perspectives (2003), and Jesuit Science and the Republic of Letters (2003)
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