O COMUNISMO E AS CRIANCINHAS


LÊNIN E AS CRIANCINHAS


Eis aqui um exemplo que o Pe. Alagiagian dá por experiência própria, sobre a maneira pela qual as crianças eram doutrinadas na Ex-União Soviética. Um dia uma mulher veio vê-lo e disse-lhe:

“Ontem, meu filho de oito anos, Carlitos, chegou-lhe em casa sem fôlego, de fadiga e excitamento. Contou-me que, quando a escola acabou, as crianças foram levadas a um passeio que durou mais de duas horas. Então foram conduzidas ao parque público e tomaram parte em exercícios físicos por mais de meia hora. Ao fim daquele tempo, foi-lhes perguntado: “Crianças, vocês estão com fome?”, e elas naturalmente disseram que estavam famintas. Então aqueles diabólicos bolcheviques mandaram que pedissem a Deus para dar-lhes o pão de cada dia. Este pedido foi repetido várias três vezes; em seguida perguntaram às crianças se Deus havia dado algum pão. Foi então dito aos confusos jovens que podiam ver, por si mesmos, que não havia Deus, pois suas orações não tinham resposta. O mesmo pedido foi então feito em nome de Lênin, e imediatamente apareceu um caminhão cheio de frutas, pão e queijo, que foi dividido entre as crianças famintas. Foi-lhes dito depois: “Vocês viram agora que não é Deus quem dá pão, mas Lênin”. (BOURDEAUX, Michael. A religião cristã na URSS. Petrópolis: Vozes, 1967, p.57)

“Disse Lênin que não o preocupava saber quantos adultos anticomunistas havia na Rússia, de idade superior a cinqüenta anos, porquanto o que lhe interessava eram as crianças. Conseguindo apossar-se delas desde a infância, acrescentava, poderia edificar o Estado Comunista.” (SHEEN, Fulton. Os problemas da vida. Porto: Livraria Figueirinhas, 1956, p.119)

COMUNISMO É A ENCARNAÇÃO CONTEMPORÂNEA DA TORRE DE BABEL


KARL MARX, FILHO DE CAIM

"[o marximo] ao extrapolar os dados da experiência imediata além de toda a ciência e de toda filosofia pensável, o faz em virtude de uma energia mitologizante, que, em última análise, revela uma nítida origem religiosa: é uma invesão secularizada e atéia da esperança judaico-cristã, da mística, da teologia e do apocalipse católico. Nesta fé religiosa ao "revés" reside todo o dinamismo profético e messiânico do marxismo" (LANGLOIS, J. Miguel Ibáñez. El marxismo: Visión crítica. Madrid:Ed. Rialp, 1973, p. 16)

Trechos abaixo extraídos de: CAMUS, Albert. O homem revoltado. São Paulo: Ed. record, 2008. (*O testemundo de Camus é interessante pelo fato dele ter sido comunista e existencialista numa etapa de sua vida)



O comunismo é a encarnação contemporânea da Torre de Babel

“o socialismo não é apenas a questão operária, é sobretudo a questão do ateísmo, de sua encarnação contemporânea, a questão da Torre de Babel, que se constrói sem Deus, não para da terra alcançar os céus e sim para rebaixar os céus até a terra.” (p.79)

Justiça sem Deus?

“A partir do instante em que o homem submete Deus ao juízo moral, ele o mata dentro de si mesmo. Mas qual é então o fundamento da moral? Nega-se Deus em nome da justiça, mas a idéia de justiça pode ser compreendida sem a idéia de Deus?” (p.82)

O mito do novo homem: o homem socialista

“A revolução consiste em amar um homem que ainda não existe” (p.120)

Apocalipse terrestrializado

‘Todos, erguidos contra a condição humana e seu criador, afirmaram a solidão da criatura, o nada de qualquer moral. Mas, ao mesmo tempo, todos procuraram construir um reino puramente terrestre em que reinariam as regras de sua escolha. Rivais do Criador, foram levados logicamente a refazer a criação por sua conta. Aqueles que recusaram qualquer outra regra ao mundo que criaram, a não ser a do desejo e a da força, correram para o suicídio ou para a loucura e anunciaram o apocalipse. Os outros, que quiseram criar as regras pela sua própria força, escolheram a vã ostentação, a aparência ou a banalidade; ou ainda o assassinato e a destruição.” (p.124)

Revolta metafísica

“Na verdade, a revolução é apenas a seqüência lógica da revolta metafísica” (p.131)

A recusa de Deus

“o espírito revolucionário assume a defesa da parte do homem que não quer se curvar. Ele tenta, simplesmente, dar-lhe o seu reino no tempo. Ao recusar Deus, ele escolhe a história” (p.132)

Revolta contra o ser

“uma revolução é uma tentativa de modelar o ato segundo uma idéia de moldar o mundo em um arcabouço teórico. Por isso, a revolta mata homens, enquanto a revolução destrói ao mesmo tempo homens e princípios.” (p.132)

Futurização

“O futuro é a única transcendência dos homens sem Deus” (p.196)

Ativismo

“Os homens de ação, quando não tem fé, só acreditam no movimento da ação.” (p.209)


Auto-teísmo

“A crítica [marxista] da religião termina na doutrina de que o homem é para o homem o ser supremo. Sob este ângulo, o socialismo é assim um empreendimento de divinização do homem e assumiu algumas características das religiões tradicionais. (p.224)


Messianismo e mito do progresso contínuo

“O messianismo científico de Marx é de origem burguesa. O progresso, o futuro da ciência, o culto à técnica e à produção são mitos burgueses que se constituíram em dogma no século XIX.” (p.225)

Historicismo

“Marx destrói a transcendência da razão, precipitando-a na história” (p.233)

Ateísmo e reino do homem

“A revolução identifica-se com o ateísmo e com o reino do homem.” (p.233)
“A Idade de ouro adiada para o fim da história, e coincidindo, por uma dupla atração, com um apocalipse, justifica tudo. (...) Que pode querer e esperar o homem sem Deus senão o reino do homem?” (p.241-242)

“Aos povos que perdiam a esperança no reino dos céus, eles prometeram o reino do homem.” (p.260)

Utopia

“Mas todo socialismo é utópico, sobretudo o socialismo científico. A utopia substitui Deus pelo futuro.” (p.242)

O malogro da profecia marxista

“Hegel termina soberbamente a história em 1807; os saint-simonistas consideram que as convulsões revolucionárias de 1830 e 1848 são as últimas; Comte morre em 1857, quando se preparava para ocupar a tribuna a fim de pregar o positivismo para uma humanidade afinal desiludida com os seus erros. Com o mesmo romantismo cego, Marx por sua vez profetiza uma sociedade sem classes e a resolução do mistério histórico.” (p.244) As previsões de Marx foram questionadas pela realidade.

“De que modo um socialismo, que se dizia científico, pôde entrar em tal conflito com os fatos? A resposta é simples: ele não era científico. Seu malogro decorre ao contrário de um método bastante ambíguo que se mostrava ao mesmo tempo determinista e profético, dialético e dogmático. (...) Marx e os marxistas deixaram-se levar pela profecia do futuro” (p.254)

“O marxismo não é científico; tem, no máximo, preconceitos científicos.” (p.255)

*KARL POPPER também advetiu, já em 1919, o caráter pseudo-científico do marxismo. Popper demonstra que Marx apóia-se numa consideração apresentada como sendo resultante da experiência histórica mas que, de fato, não passa de um determinismo sem qualquer suporte científico. (Cf. POPPER, Karl. Sociedade Aberta e Seus Inimigos)

Uma revolução condenada que vive sob princípios falsos

“O pensamento histórico [segundo Marx] devia livrar o homem do jugo divino; mas essa libertação exige dele a submissão mais absoluta ao devir. Corre-se então para a permanência do partido, como antes se corria para o altar. Por isso, a época que ousa dizer-se a mais revoltada só oferece uma escolha: conformismos. A verdadeira paixão do século XX é a servidão.” (p.270)


Uma revolução mental: caso patológico

“A única revolução psicológica conhecida em nosso tempo, depois de Freud, foi operada pela NKVD” (p.275)

Violência revolucionária

A contradição última da revolução está no fato de aspirar à justiça através de um séqüito ininterrupto de injustiças e de violências. (cf.p. 276)

Erigindo o Templo de César

“A revolução dos princípios mata Deus na pessoa de seu representante*. A revolução do século XX mata o que resta de Deus nos próprios princípios e consagra o niilismo histórico. Quaisquer que sejam em seguida os caminhos percorridos por esse niilismo, a partir do instante em que ele quer criar no século, fora de qualquer regra moral, ele constrói o templo de César.” (p.282)

*Comentário pessoal: A Reforma protestante atacou a autoridade divina da Igreja, a Revolução Francesa atacou o princípio divino que o Rei representava, etc...

Servidores da morte

“Se o homem quer tornar-se Deus, ele se arroga o direito de vida ou de morte sobre os outros. Fabricante de cadáveres ou de subhomens, ele próprio é subhomem, não Deus, mas servidor igbóbil da morte.” (p.282)

Terror

“a revolução é uma tentativa de conquistar um novo ser pela ação, fora de qualquer regra moral. É por isso que ela está condenada a só viver para a história, e no terror.” (p.287)

HISTORIADOR BRITÂNICO PAUL JOHNSON DEMONSTRA AS RAÍZES DO MESSIANISMO E DO MILENARISMO DE KARK MARX

MESSIANISMO SEM DEUS, MILENARISMO, CABALA,
DIVINIZAÇÃO DO PROLETARIADO EM KARL MARX.
PARADOXO: MARX ERA JUDEU E ANTI-SEMITA
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* Do livro: A história dos Judeus. Paul Johnson. Ed Imago.


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